Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 10 de 10
Filter
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(1): 155-169, jan. 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421132

ABSTRACT

Resumo Este trabalho analisa as evidências atuais sobre a discriminação percebida por adultos mais velhos (> 50 anos) no uso de serviços de saúde e identifica os fatores associados a essa experiência. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir de pesquisa nos sítios eletrônicos Biblioteca Virtual de Saúde, CINAHL, Medline, Scopus e Web of Science, em junho de 2021. Foram utilizados os descritores: discriminação social ou ageismo; pessoa de meia-idade ou idoso de 80 anos ou mais ou idoso; e serviço de saúde ou serviço de saúde para idosos, incluindo sinônimos, nos idiomas português, inglês e espanhol. A estratégia de busca identificou 1.165 artigos; 19 cumpriram os critérios de elegibilidade e inclusão. O acervo inclui estudos quantitativos e qualitativos publicados entre 2002 e 2021; cerca de 60% realizados nos Estados Unidos e Austrália. A prevalência de discriminação no uso de serviços de saúde variou de 2% a 42%. O relato de práticas discriminatórias se mostrou associado a características étnico-raciais, sexo, idade, orientação sexual, aparência física e classe social. Ao dar visibilidade ao tema, este trabalho visa estimular a definição de formas concretas de enfrentamento à discriminação e interromper a perpetração de iniquidades no âmbito da atenção à saúde.


Abstract This paper analyzes the current evidence on discrimination perceived by elderly adults (> 50 years) in the use of health services and identifies factors associated with this discriminatory experience. It involved an integrative literature review, carried out on the Biblioteca Virtual de Saúde, CINAHL, Medline, Scopus, and Web of Science search websites, in June/2021. The key words used were social discrimination or ageism; middle-aged, or aged 80 and over or elderly; health services or health services for the elderly, including synonyms, in Portuguese, English, and Spanish. The search strategy identified 1,165 articles; 19 met the eligibility and inclusion criteria and were included in this integrative review. They comprise quantitative and qualitative studies published between 2002 and 2021; about 60% carried out in the United States and Australia. The prevalence of discrimination in the use of health services ranged from 2% to 42%. The report of discriminatory practices was associated with ethnic-racial characteristics, sex, age, sexual orientation, physical appearance, and social class. By giving visibility to the theme, this work aims to stimulate the definition of concrete ways to tackle discrimination, in an attempt to interrupt the perpetration of inequities in the health care area.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(9): e00076823, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513915

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to investigate differences in determinants of active aging between older Brazilian and English adults and to verify the association of behavioral, personal, and social determinants with physical health. This cross-sectional study was based on the ELSI-Brazil (2015-2016) and ELSA (2016-2017) cohorts. Active aging determinants included behavior (smoking, sedentary lifestyle, and poor sleep quality), personal (cognitive function and life satisfaction), and social determinants (education, loneliness, and volunteering), according to the World Health Organization. Physical health included activities limitation and multimorbidity. We estimated age- and sex-adjusted prevalence for each indicator and mean score, and used the negative binomial regression for statistical analysis. We included 16,642 participants, 9,409 from Brazil and 7,233 from England. Overall, all active aging determinants were worse in Brazil than in England, except for life satisfaction (no difference). The most remarkable difference was found for social determinants score in Brazil (mean difference of 0.18; p < 0.05), mainly due to a significantly lower education level in Brazil (70.6%; 95% confidence interval - 95%CI: 69.7-71.5) than England (37.1%; 95%CI: 35.1-39.1). All determinants (behavioral, personal, and social) were associated with health in Brazil and in England. However, the behavioral domain was stronger associated with health in England (coefficient = 2.76; 95%CI: 2.46-3.10) than in Brazil (coefficient = 1.38; 95%CI: 1.26-1.50; p < 0.001). Older English adults beneficiate more from healthier behaviors than Brazilians, which depend more on social policies.


Resumo: Este estudo transversal objetivou investigar as diferenças nos determinantes do envelhecimento ativo entre idosos brasileiros e ingleses, e verificar a associação de determinantes comportamentais, pessoais e sociais com a saúde física. A pesquisa baseou-se nas coortes ELSI-Brasil (2015-2016) e ELSA (2016-2017). Os determinantes do envelhecimento ativo incluíram os determinantes comportamentais (tabagismo, sedentarismo e má qualidade do sono), pessoais (função cognitiva e satisfação com a vida) e sociais (educação, solidão e voluntariado), de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A saúde física incluiu limitação de atividades e multimorbidade. Prevalências ajustadas por idade e sexo foram calculadas para cada indicador e escores médios, utilizando-se a regressão binomial negativa para a análise estatística. A pesquisa incluiu 16.642 participantes, sendo 9.409 do Brasil e 7.233 da Inglaterra. No geral, todos os determinantes do envelhecimento ativo foram piores no Brasil do que na Inglaterra, exceto a satisfação com a vida (sem diferença). A diferença mais marcante refere-se ao escore de determinantes sociais no Brasil (diferença média de 0,18; p < 0,05), principalmente devido à escolaridade significativamente menor no Brasil (70,6%; intervalo de 95% de confiança - IC95%: 69,7-71,5) do que na Inglaterra (37,1%; IC95%: 35,1-39,1). Todos os determinantes (comportamentais, pessoais e sociais) estiveram associados à saúde no Brasil e na Inglaterra. No entanto, o domínio comportamental foi mais fortemente associado à saúde na Inglaterra (coeficiente = 2,76; IC95%: 2,46-3,10) do que no Brasil (coeficiente = 1,38; IC95%: 1,26-1,50) (p < 0,001). Idosos ingleses se beneficiam mais de comportamentos mais saudáveis do que os brasileiros, que dependem mais de políticas sociais.


Resumen: Este estudio transversal tuvo como objetivo investigar las diferencias en los determinantes del envejecimiento activo entre personas mayores brasileñas e inglesas, y verificar la asociación de determinantes conductuales, personales y sociales con la salud física. La investigación se basó en las cohortes ELSI-Brasil (2015-2016) y ELSA (2016-2017). Los determinantes del envejecimiento activo incluyeron determinantes conductuales (tabaquismo, sedentarismo y mala calidad del sueño), personales (función cognitiva y satisfacción con la vida) y sociales (educación, soledad y voluntariado), según la Organización Mundial de la Salud. La salud física incluyó la limitación de actividades y la multimorbilidad. Se calcularon las prevalencias ajustadas por edad y sexo para cada indicador y los puntajes medios, usando la regresión binomial negativa para el análisis estadístico. La encuesta incluyó a 16.642 participantes, 9.409 de Brasil y 7.233 de Inglaterra. En general, todos los determinantes del envejecimiento activo fueron peores en Brasil que en Inglaterra, salvo la satisfacción con la vida (sin diferencia). La diferencia más llamativa se refiere al puntaje de los determinantes sociales en Brasil (diferencia media de 0,18; p < 0,05), sobre todo debido al nivel educativo significativamente más bajo en Brasil (70,6%; intervalo de 95% de confianza - IC95%: 69,7-71,5) que en Inglaterra (37,1%; IC95%: 35,1-39,1). Todos los determinantes (conductuales, personales y sociales) se asociaron con la salud en Brasil y en Inglaterra. Sin embargo, el dominio conductual se asoció más fuertemente con la salud en Inglaterra (coeficiente = 2,76; IC 95% 2,46-3,10) que en Brasil (coeficiente = 1,38; IC95%: 1,26-1,50) (p < 0,001). Las personas mayores inglesas se benefician más de comportamientos más saludables que los brasileños, que dependen más de las políticas sociales.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(11): e00106622, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550160

ABSTRACT

This study aimed to estimate prevalence of loneliness among older Brazilian adults over the first seven months of the COVID-19 pandemic and to identify the predictors of loneliness trajectories. Pre-pandemic data derived from face-to-face interviews of participants of the 2019-2020 Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), which is a nationally representative study of community-dwelling individuals aged 50 years and over. Pandemic data were based on three rounds of telephone interviews among those participants, conducted from May to October 2020. Loneliness was measured by a single-item question, considering those who had at least two repeated measures. Explanatory variables included depression, living alone, leaving home in the last week, and virtual connectedness in the last month. Mixed-effects logistic regression was used to estimate odds ratios with their 95% confidence intervals (95%CI) and to investigate loneliness trajectories and their predictors. In total, 5,108 participants were included. The overall prevalence of loneliness in the pre-pandemic period was 33.1% (95%CI: 29.4-36.8), higher than the pandemic period (round 1: 23.6%, 95%CI: 20.6-26.9; round 2: 20.5%, 95%CI: 17.8-23.5; round 3: 20.6%, 95%CI: 17.1-24.6). A significant interaction (p ≤ 0.05) was evidenced only between depression and time; participants with depression showed a greater reduction in loneliness levels. Although loneliness levels in Brazil have decreased during the pandemic, this pattern is not present for all older adults. Individuals with depression had a more significant reduction, probably due to feeling closer to their social network members during the stay-at-home recommendations.


Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de solidão entre idosos brasileiros nos primeiros sete meses da pandemia de COVID-19 e identificar os preditores das trajetórias de solidão, usando dados pré-pandemia oriundos de entrevistas presenciais de participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) de 2019-2020, um estudo de representatividade nacional com residentes da comunidade com 50 anos ou mais. Os dados durante a pandemia foram coletados em três rodadas de entrevistas telefônicas com os participantes, realizadas de maio a outubro de 2020. A solidão foi medida por uma questão de item único, considerando os casos com pelo menos duas medidas repetidas. As variáveis explicativas incluíram depressão, morar sozinho, sair de casa na última semana e conexão virtual no último mês. A regressão logística de efeitos mistos foi utilizada para estimar as razões de chances com seus intervalos de 95% de confiança (IC95%) e investigar trajetórias de solidão e seus preditores. Foram incluídos 5.108 participantes. A prevalência global de solidão no período pré-pandemia foi de 33,1% (IC95%: 29,4-36,8), um valor superior ao período pandêmico (rodada 1: 23,6%, IC95%: 20,6-26,9; rodada 2: 20,5%, IC95%: 17,8-23,5; rodada 3: 20,6%, IC95%: 17,1-24,6). Uma interação significativa (p ≤ 0,05) foi encontrada apenas entre depressão e tempo; participantes com depressão apresentaram maior redução dos níveis de solidão. Embora os níveis de solidão no Brasil tenham diminuído durante a pandemia, esse padrão não se aplica a todos os idosos. Indivíduos com depressão tiveram uma redução mais significativa provavelmente por se sentirem mais próximos aos membros de suas redes sociais durante as recomendações de ficar em casa.


Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de la soledad entre los adultos mayores brasileños durante los primeros siete meses de la pandemia de COVID-19 e identificar los predictores de las trayectorias de la soledad. Los datos prepandémicos proceden de entrevistas cara a cara de los participantes del Estudio Longitudinal Brasileño sobre el Envejecimiento (ELSI-Brasil) de 2019-2020, que es un estudio nacionalmente representativo de los habitantes de la comunidad de 50 años o más. Los datos de la pandemia se basaron en tres rondas de entrevistas telefónicas entre esos participantes, realizadas de mayo a octubre de 2020. La soledad se midió con una pregunta de un solo ítem, teniendo en cuenta los que tenían al menos dos indicativos repetidos. Las variables explicativas incluían la depresión, el hecho de vivir solo, salir de casa en la última semana y la conexión virtual en el último mes. Se utilizó una regresión logística de efectos mixtos para estimar las odds ratios con sus intervalos del 95% de confianza (IC95%) y para investigar las trayectorias de la soledad y sus predictores. Se incluyeron 5.108 participantes. La prevalencia global de la soledad en el periodo prepandémico fue del 33,1% (IC95%: 29,4-36,8), superior a la del periodo pandémico (ronda 1: 23,6%, IC95%: 20,6-26,9; ronda 2: 20,5%, IC95%: 17,8-23,5, ronda 3: 20,6; IC95%: 17,1-24,6). Sólo se evidenció una interacción significativa (p ≤ 0,05) entre la depresión y el tiempo; los participantes con depresión mostraron una mayor reducción de los niveles de soledad. Aunque los niveles de soledad en Brasil han disminuido durante la pandemia, este patrón no se da en todos los adultos mayores. Aquellos individuos con depresión tuvieron una reducción más significativa, probablemente debido a que se sintieron más cerca de los miembros de su red social durante las recomendaciones de quedarse en casa.

5.
Interface (Botucatu, Online) ; 26: e210511, 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1394402

ABSTRACT

Este artigo analisa dinâmicas inseridas no processo de separação compulsória de mães e filhos em situação de vulnerabilidade em Belo Horizonte. Trata-se de um exercício cartográfico que pretendeu captar regimes de verdade, práticas de dominação e estratégias de governo para controle da vida de mulheres, em sua maioria, pobres e negras. Foram fontes utilizadas: narrativas de mulheres em situação de vulnerabilidade e trabalhadores da saúde; entrevistas com atores estratégicos; análise documental; e diários de campo. Foram identificados movimentos indutores de segregação inseridos no cotidiano de serviços públicos e outros espaços sociais. Foi possível analisar a relação entre as segregações de determinada produção de mundo e interrogar certezas sobre possibilidades de vida e a produção da maternidade. Esse percurso constituiu oportunidade para dar visibilidade às estratégias de sobrevivência destas mulheres e provocar reflexões sobre a produção de territórios acolhedores para essas pessoas.(AU)


This article analyzes the dynamics of the process of compulsory separation of mothers from children in situations of vulnerability in Belo Horizonte, Brazil. We conducted a cartographic study to capture regimes of truth, practices of domination, and government strategies to control the lives of these women, who were predominantly poor and black. We used the following techniques: narratives of women in situations of vulnerability and health workers; interviews with key actors; document analysis; field diaries. We identified drivers of segregation embedded in everyday practices in health services and other social settings. It was possible to analyze the segregations determined by a hegemonic way of producing the world and to question certainties about the possibilities of life and motherhood. The findings shed light on the survival strategies used by these women and prompt reflection on the production of welcoming spaces for these people.(AU)


Este artículo analiza dinámicas inseridas en el proceso de separación obligatoria de madres e hijos en situación de vulnerabilidad en Belo Horizonte. Se trata de un ejercicio cartográfico que pretendió captar regímenes de verdad, prácticas de dominación y estrategias de gobierno para el control de la vida de mujeres, en su mayoría pobres y negras. Las fuentes utilizadas fueron: narrativas de mujeres en situación de vulnerabilidad y trabajadores de la salud, entrevistas con actores estratégicos, análisis documental, diarios de campo. Se identificaron movimientos inductores de segregación inseridos en el cotidiano de servicios públicos y otros espacios sociales. Fue posible analizar la relación entre las segregaciones de determinada producción de mundo e interrogar certezas sobre posibilidades de vida y la producción de la maternidad. Ese recorrido constituyó una oportunidad para dar visibilidad a las estrategias de supervivencia de esas mujeres y provocar reflexiones sobre la producción de territorios acogedores para ellas.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Family Separation , Social Vulnerability , Mothers , Violence Against Women
6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(2): 515-524, Fev. 2022.
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1356059

ABSTRACT

Resumo O artigo aborda a retirada compulsória de filhos de mulheres em situação de vulnerabilidade no Brasil. Objetivou-se refletir sobre a violação do direito à maternidade; apresentar os limites impostos, especialmente às mulheres pobres, negras e indígenas e as estratégias de controle sobre sua vida e de seus filhos; e os movimentos de resistência que se contrapõem às segregações. Foram fontes da pesquisa: narrativas de mulheres em situação de vulnerabilidade, de familiares e trabalhadores da saúde; entrevistas com atores estratégicos; análise documental; diários de campo. Evidenciou-se que vulnerabilidades atreladas à criminalização da pobreza e ao preconceito racial têm justificado as separações. A desresponsabilização do Estado e da sociedade quanto à formação de uma rede de apoio às mulheres, a desvalorização de produções não hegemônicas de maternidades e o reforço de uma razão de mundo que produz a violência como ferramenta para exclusão vão conformando limites práticos quanto ao direito à maternidade. Mulheres e seus filhos são desconsiderados em suas singularidades. Os movimentos de resistência mostraram que diálogos intersetoriais são uma alternativa para superar discriminações e vulnerabilidades.


Abstract This article addresses the compulsory seizing of children from vulnerable women in Brazil. Its objectives were: to discuss the violation of the right to maternity; to present the imposed restrictions especially on poor, black and indigenous women; the strategic control over their lives and children, and the resistance movements that oppose segregation. The sources of the research were: narratives of women in vulnerable situations, family members and health workers; interviews with strategic actors; document analysis; field journal. It became evident that vulnerabilities -linked to the criminalization of poverty and racial prejudice- have justified these separations. The lack of responsibility that State and society practice towards the support network for women, the devaluation of non-hegemonic productions of maternity, and the reinforcement of a 'reason of the world', that produces violence as a tool for exclusion establishing practical limits on the right to maternity. Women and children are disregarded in their singularities. Resistance movements have shown that intersectoral dialogues are an alternative to overcome discrimination and vulnerabilities.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Child , Violence , Mothers , Brazil
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.3): e00193320, 2020. tab
Article in English, Spanish | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132894

ABSTRACT

Resumo: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzida por meio de entrevista face a face, entre agosto de 2019 e março de 2020 (antes do início da epidemia), em amostra nacional representativa de adultos com 50 anos ou mais, e dados obtidos por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre esses participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), conduzidas entre 26 de maio e 8 de junho de 2020 (durante a epidemia). As análises foram baseadas nas odds ratios (OR) estimadas pela regressão logística. A média de idade dos participantes foi 59,9 anos (DP = 6,5). A prevalência de ter saído para trabalhar nos sete dias anteriores foi de 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre os homens e 25,1% entre as mulheres (trabalho formal, por conta própria e informal). Os resultados mostraram que, entre os homens, a chance de ter saído para trabalhar foi menor entre aqueles de 60 a 69 anos em comparação com aqueles de 50 a 59 anos (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre as mulheres, a probabilidade de ter saído para trabalhar foi menor entre aquelas que trabalhavam por conta própria (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) ou tinham vínculo informal de trabalho antes da epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), em comparação àquelas com vínculo formal de trabalho. Uma das hipóteses para explicar essa associação é que as mulheres com vínculo informal tenham sido dispensadas e aquelas que trabalhavam por conta própria tenham deixado de trabalhar durante a epidemia.


Resumen: El objetivo del estudio fue examinar la prevalencia y factores asociados a haber salido para trabajar durante la epidemia de la COVID-19, entre adultos con 50 años o más, que ejercían trabajo remunerado antes del inicio de la misma. Se utilizaron datos de la segunda fase del Estudio Brasileño Longitudinal del Envejecimiento (ELSI-Brasil), llevada a cabo mediante una entrevista cara a cara, entre agosto de 2019 y marzo de 2020 (antes del inicio de la epidemia), en una muestra nacional representativa de adultos con 50 años o más, y datos obtenidos por medio de entrevistas telefónicas realizadas entre estos participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), realizadas entre el 26 de mayo y 8 de junio de 2020 (durante la epidemia). Los análisis se basaron en las odds ratios (OR) estimadas por regresión logística. La media de edad de los participantes fue 59,9 años (DP = 6,5). La prevalencia de haber salido para trabajar durante los siete días anteriores fue de un 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre hombres y un 25,1% entre las mujeres (trabajo formal, por cuenta propia e informal). Los resultados mostraron que, entre los hombres, la oportunidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellos con edades comprendidas entre los 60 a 69 años, en comparación con aquellos de 50 a 59 años (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre las mujeres, la probabilidad de haber salido a trabajar fue menor entre aquellas que trabajaban por cuenta propia (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) o tenían un vínculo laboral informal antes de la epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), en comparación con aquellas con un vínculo laboral formal. Una de las hipótesis para explicar esta asociación es que las mujeres con un vínculo informal fueron dispensadas del servicio y aquellas que trabajaban por cuenta propia hayan dejado de trabajar durante la epidemia.


Abstract: The objective of this study was to examine the prevalence of going out to work during the COVID-19 epidemic, and the factors associated with this, among adults aged 50 years and over who were in paid employment before its onset. We used data from the second wave of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), conducted through face-to-face interviews between August 2019 and March 2020 (before the onset of the epidemic), in a representative national sample of adults aged 50 and over, and data obtained through telephone interviews carried out among the same participants (ELSI-COVID-19 initiative), conducted between May 26 and June 8, 2020 (during the epidemic). The analyses were based on odds ratios (OR) estimated by logistic regression. The participants' mean age was 59.9 years (SD = 6.5). The prevalence of going out to work in the previous seven days was 38.4% (95%CI: 31.3-46.1), 50.2% among men and 25.1% among women (formal work, self-employment, and informal work). The results showed that among men, the likelihood of going out to work was lower among those aged 60 to 69 years compared to those aged 50 to 59 years (OR = 0.27; 95%CI: 0.15-0.48). Among women, the likelihood was lower among those who were self-employed (OR = 0.28; 95%CI: 0.12-0.64) or in informal employment before the epidemic (OR = 0.25; 95%CI: 0.09-0.69), compared to those in formal employment. One of the hypotheses to explain this association is that women in informal employment were more likely to be dismissed, and that self-employed women have stopped working during the epidemic.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Aged , Pneumonia, Viral , Aging , Coronavirus Infections , Pandemics , Brazil/epidemiology , Longitudinal Studies , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Middle Aged
8.
Belo Horizonte; s.n; 20150703. 84 p.
Thesis in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, InstitutionalDB, BDENF, ColecionaSUS | ID: biblio-1370380

ABSTRACT

Objetivos: Estre trabalho avalia as tendências em sete anos (2003-2010) das desigualdades sociais entre adultos mais velhos residentes em Belo Horizonte (BH), considerando-se indicadores do envelhecimento ativo e da condição de saúde. Também investiga as desigualdades sociais nos determinantes intermediários da saúde e indicadores da condição de saúde, comparando-se adultos mais velhos residentes em Belo Horizonte e New York, United States, no ano de 2010. Métodos: As fontes de dados utilizadas neste trabalho foram o 1º e o 2º Inquéritos de Saúde da Região Metropolitana de BH, conduzidos respectivamente em 2003 e 2010, e o Community Health Survey, conduzido em New York em 2010. A desigualdade social foi avaliada a partir dos índices absoluto e relativo de desigualdade (respectivamente, Slope Index of Inequality and Relative Index of Inequality), utilizando a escolaridade como definidora da posição socioeconômica. Resultados: Entre 2003 e 2010, Belo Horizonte apresentou melhora significativa na prevalência de 7 indicadores do envelhecimento ativo e condição de saúde, entre os 12 avaliados. Entretanto, as desigualdades sociais persistiram para 10 desses indicadores, exceto medo de cair por defeitos nos passeios/dificuldades para atravessar a rua e medo de assalto. Em comparação à New York, BH apresentou melhor performance global nos indicadores de cuidado preventivo e condição de saúde. New York, por sua vez, apresentou melhor desempenho nos indicadores de circunstâncias materiais e fatores comportamentais. As cidades também apresentaram padrões distintos de desigualdade absoluta e relativa e, via de regra, foi a cidade com melhor desempenho global dos indicadores que apresentou maior desigualdade social. Conclusão: Com poucas exceções, as desigualdades absolutas e relativas se concentraram entre aqueles com escolaridade mais baixa. É possível que a implementação de políticas públicas tenha melhorado o desempenho global dos indicadores analisados. Entretanto, a persistência das desigualdades sociais em saúde evidencia que a distribuição de recursos entre os grupos com diferentes níveis de escolaridade permanece desigual.


Objective: To evaluate trends of social inequalities in seven years (2003-2010) among older adults living in Belo Horizonte (BH), considering indicators of active aging and health status. It also investigates social inequalities in intermediary determinants of health and health status indicators, comparing older adults living in Belo Horizonte and New York City (NYC), United States, in 2010. Methods: Data came from the Belo Horizonte Metropolitan Region Health Survey, conducted in 2003 and 2010 and the NYC Community Health Survey, conducted in 2010. Social inequality was measured using the slope and the relative index of inequality. Educational attainment was used to define socioeconomic status. Results: From 2003 to 2010, Belo Horizonte presented significant improvements in the prevalence rates of 7 out of 12 indicators. However, the social inequalities persisted through 10 out of 12 selected active aging and health status indicators, except for fear of falling on the sidewalks/crossing the streets and fear of assault. In comparison with NYC, BH presented better performance for preventive care and health status indicators. In turn, New York presented better performance in total prevalence for material circumstances and behavioral factors. The cities also presented distinctive patterns of absolute and relative inequalities. In general, the city with the best prevalence rates also showed higher absolute and/or relative inequalities. Discussion: With few exceptions, absolute and relative inequalities in both cities were concentrated among the less educated. Although many public policies likely have improved the global performance of the indicators over time, it seems that the unequal distribution of resources is still persistent.

9.
Cad. saúde pública ; 26(12): 2307-2315, dez. 2010. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-571483

ABSTRACT

This study examined the adequacy of a health vulnerability index (HVI) for identifying intra-urban differences in vulnerability in the elderly population. Study participants (n = 1,055) were selected by probabilistic sampling of residents in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, aged 60 years or older (mean = 70.1 years). The HVI was constructed with indicators of socioeconomic conditions and premature mortality at the census tract level. Based on its location and HVI value, each participant's household was classified as low, medium, or high-risk. Results of multivariate ordinal logistic regression models showed graded and statistically significant associations between the household's risk level and the social and physical environment, health conditions and behaviors, and health service needs (adjusted prevalence ratios ranging from 1.17; 95 percentCI: 1.02-1.34 to 1.65; 95 percentCI: 1.45-1.88). The HVI appears to be a useful instrument for identifying health and social service needs among the elderly.


Foi examinada a adequação de um Índice de Vulnerabilidade à Saúde (IVS) para identificar diferenciais intra-urbanos de vulnerabilidade da população idosa. Os participantes do estudo (n = 1.055) foram selecionados por meio de amostra probabilística de residentes no Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, com mais de 60 anos de idade (média = 70,1 anos). O IVS é composto por medidas das condições socioeconômicas e por indicadores da mortalidade precoce do setor censitário. Com base no escore do IVS, o local de residência dos participantes foi classificado em estrato de riscos baixo, médio e alto. Os resultados da regressão logística ordinal multivariada mostraram associações graduadas e estatisticamente significantes entre o estrato de risco da área de residência e o ambiente físico e social, condições de saúde, comportamentos em saúde e necessidades de serviços de saúde (razões de prevalência variando entre 1,17; IC95 por cento: 1,02-1,34 e 1,65; IC95 por cento: 1,45-1,88). O IVS parece ser um instrumento útil para a identificação de áreas com maior necessidade de serviços sociais e de saúde entre os idosos.


Subject(s)
Female , Humans , Male , Middle Aged , Health Behavior , Health Status Indicators , Mortality , Urban Population/statistics & numerical data , Vulnerable Populations/statistics & numerical data , Brazil , Logistic Models , Multivariate Analysis , Socioeconomic Factors
10.
Temas desenvolv ; 16(92): 79-84, maio-jun. 2008. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-544695

ABSTRACT

Esta revisão foi realizada a partir da seleção e análise crítica de 12 artigos científicos, publicados nas línguas inglesa e portuguesa, entre 1997 e 2006, que investigaram os efeitos da Terapia de Contenção e Uso Induzido (CIT) em crianças com paralisia cerebral do tipo hemiplegia. Os efeitos da intervenção foram analisados a partir da significância estatística dos resultados (p < 0,05) e da estimativa do tamanho dos efeitos (effect size: ES) com a aplicação do coeficiente d de Cohen (sem efeito quando d ≤ 0,2; efeito pequeno quando 0,2 < d ≤ 0,5; efeito regular quando 0,5 < d ≤ 0,8; e efeito grande quando d > 0,8). Seis estudos reportaram significância estatística dos resultados documentados e, desses, quatro disponibilizaram informações que permitiram a estimativa do tamanho dos efeitos da intervenção. A CIT parece contribuir significativamente para a melhora da função manual (0,53 ≤ d < 0,8; d > 2,82), do desempenho motor (d = 0,4) e do autocuidado (d = 2,25) de crianças com paralisia cerebral do tipo hemiplegia, assim como estimular a emergência de novos comportamentos motores (d = 3,04) e da função bimanual (d = 1,16). A análise crítica dos artigos incluídos nesta revisão revela o caráter promissor da CIT e reforça a necessidade de que estudos futuros possam replicar os resultados dessa intervenção e testar, com maior rigor metodológico, a eficácia da Terapia de Contenção e Uso Induzido.


Selection and critical analysis of 12 scientific articles published in English and Portuguese, from 1997 to 2006, investigating the effects of the Constraint Induced Therapy (CIT) in children with hemiplegic cerebral palsy guided this review. The effects from the intervention were analyzed by means of statistical significance of the results (p < 0,05) and effect size (ES) estimates, using Cohen’s d coefficient (no effect when d ≤ 0,2; small effect when 0,2 < d ≤ 0,5; regular effect when 0,5 < d ≤ 0,8 and large effect when d > 0,8). Six studies reported statistical significance of the results and, among those, four provided information that allowed the estimation of their intervention’s effect size. CIT seems to contribute significantly for the improvement of the manual function (0,53 ≤ d < 0,8; d > 2,82), motor performance (d = 0,4) and self-care (d = 2,25) of children with hemiplegic cerebral palsy, as well as to stimulate the emergence of new motor behavior (d = 3,04) and of bimanual function (d = 1,16). The critical analysis of the articles included in this review revealed the promising status of the CIT and reinforces the need for future studies to replicate the observed effects and to test, using more rigorous methodological designs, the effectiveness of the constrained-induced therapy.


Subject(s)
Humans , Child , Psychomotor Performance , Hemiplegia/therapy , Cerebral Palsy/therapy
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL